quarta-feira, 13 de maio de 2015

Teste do Issuu 3

Quando eu coloco a imagem maior, ela ultrapassa o espaço da postagem.
O alinhamento está para esquerda, pensei nisso para trazer o livro para a esquerda, mas não faz diferença o alinhamento.

Teste Issuu 3

Repare que quando eu coloco a imagem maior, para ficar mais próximo as margens da portagem, depois de clica para ler ela ultrapassa o espaço da postagem.



Teste Isuu 2




Aqui é como eu mais gostei

terça-feira, 12 de maio de 2015

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Flashback.

   
       Eu sempre passara ali e sempre os vira: um casal de adolescentes a se apegar. Ela era uma garota de cabelos longos, um sorriso bem feito. Ele sempre com blusas de mangas compridas e olhos desinteressados.
      E então lá estava eu com aquela garota. Ah, aquela garota... Ela que me falava, como quem participou de uma guerra, as aventuras dos livros que lia. Eu ficava empolgado, achava lindo ela fazendo todas aquelas interpretações, vozes e gestos. As vezes, sem querer, a deixa me hipnotizar e acabava por perder parte de suas histórias.
      Estava eu no dia em que ela me deixou-a beijar. Não um beijo atrevido, nunca. Ela mesmo era minha pura inocência. Foi um beijo no rosto, em sua bochecha macia. Conversávamos a quase quatro meses e ela nunca me deixara tocar os lábios em si. Senti euforia, felicidade, orgulho. Compartilhamos sorrisos. Agora eu era seu namorado.
     Me perguntei então durante quanto tempo aquela garota também se fez de difícil, e desanimei.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sem coração.

    
      Dizia-se que a raposa era um animal perigoso. Que ela, com toda sua beleza e astúcia, seduzia sua presa e a levava para o combate injusto. E de todos os animais, ela escolheu a raposa.
      Ia, como em todos os outros dias, pastar com suas irmãs de lã. E todo dia avistava as raposas longe, observando, traçando planos. E tinha uma, de pelo mais escuro, mas não muito diferente das outras, que lhe chamava mais atenção. E todos os dias, apesar do medo, ela deixava de comer para encontrar o olhar caçador de sua inimiga. E devido a tal, acabava ficando com fome no restante do dia, mas não era isso que a atormentava.
      Resolveu, então, para resolver a fome, sair do rumo e ir atrás de sua raposa. Eis que, para sua surpresa, veio somente a sua desejada. Lhe deu um sorriso, ah, o sorriso mais lindo de sua vida. E ficou a rodeando, analisando, sorrindo. E ela ficou sem jeito. Desajeitada, não tinha a sedução da raposa. E foi assim.
     Não há mais fim para a história, porque só há fim quando os personagens terminam juntos. É por isso que os humanos gostam de histórias de amor, e esta é uma história de amor.
     E o que aconteceu, já era de se imaginar. Há sempre um que ama mais, quem dera não fosse a ovelha.

terça-feira, 1 de março de 2011

Apelo.



Perversidade tua, crueldade minha.
E esse aperto que me destrói...
Volta logo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Disfarce cotidiano.


Em meio a pessoas e prédios. Mascáras, máscaras. É um baile a fantasia!
- Olha, aquela ali, tem um círculo na cabeça!
- Pra onde ela tá indo?
- Tem um cara com ela, ó!
- Ele é bonitão...
- Ali fica um dos quartos de hóspedes.
- Ah, acho que eles não gostam de muita gente, né? Preferem ficar em seus cantos.
- Talvez. Olha, tem uma garota com uma espada ali!
- Ela parece boba...
- Acho que ela só não é muito realista. É bem bonita.
- Hey, olha aquele garoto fumando ali!
- Ele tá sem fantasia... Parece estar confuso. Mas ele não é novo demais para estar aqui?
- Talvez ele só dê a impressão de ser novo, né?
- Estão insistindo pra ele beber...
- Que coisa horrível! Ele é uma criança.
- Vixe, tá tendo briga naquela mesa!
- Acho que aquele cara é marido da mulher que está com o garoto.
- Então ela tá traindo ele? Que tragédia... Ele tem mó jeitão de empresário, né?
- Hey, vamos embora.
- Ah, agora? Está divertido, não está?
- Ficar espiando pela janela da boate? Está.
- Vamos voltar outro dia?
- Essa foi a festa a fantasia com menos fantasias que eu já vi.
- Porque diz isso? Só tinha umas 4 pessoas sem fantasia!
- Não. Estavam todas sem máscaras. Mas só neste lugar, pela primeira vez.
- As vezes não entendo o que você fala...
- Vamos logo que ainda temos 3 filmes pra ver e 3 bolos pra cozinhar estar noite!


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

prazer privado.



          Não que ela não o amasse, sabe. Pelo contrário: ela gostava dele e gastaria qualquer gota de sangue, qualquer suspiro, qualquer  tempo, qualquer coisa para estar com ele, e sabia sem nenhuma dúvida o quanto ele a amava, e como ele gostava do aconchego dela.
         A questão é que ela o deixava solto: ele tinha relações com outras mulheres, de vez em quando. Traição? Que nada! Ele nunca teria coragem de trair a sua amada, muito menos por a prova o seu amor. Se ele gostava? Lhe causava prazer, as outras mulheres. Nada mais. Elas não lhe faziam rir, e seus beijos e abraços nunca chegariam aos pés do conforto da mulher que morava em sua casa. E aí você se pergunta porque ele faria isso, então: Era só que ele não gostava de perder aventuras. Mas para ouvir as histórias, ele precisava de confiança: e como uma mulher se sentiria mais segura se não desejada? E então ele doava seus olhares, e elas lhe confiavam seus segredos.
        Sua mulher? Para ela as melhores noites era as que ele ia lhes contar os segredos merecidos: contava-lhes tudo, como histórias, mesmo. Ele era o narrador, e fazia questão de dizer-lhes os detalhes de casa toque. Ela? Ela gostava, ora! Ela adorava histórias, e se ele era o protagonista, melhor ainda. Isso só a fazia desejá-lo mais. E não, ela não se sentia a outra: todos os dias ele a abraçava, como quem chega de uma viagem longa morrendo de saudade, e dizia que a amava, que ela era única. E era verdade.
        Vinham então os vizinhos: riam da mulher, traída. Vixe! Se eles soubessem que ela ria deles por acreditar em seus teatros.
        Nada importava pros dois, era só eles, eles. Ela nem ousava perguntar se ele preferia ela as outras, sabia a resposta, sem sombra de dúvida.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

suicídio.

 

   Andei descobrindo que você é um assassino.
   Na maioria dos dias, quando você desaparece com a brisa sem deixar vestígios.
   Me mata de desejo, de saudade, de esperança. Tudo isso causa uma dor imensa, indescritível e surreal.
   Fica essa coisa aqui, e eu perco meu dia morrendo.
   Pare de criar a sua pena de morte, e me ressuscite.